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conheça quem é a peça-chave no processo de formação do cão-guia


Acordar às sete da manhã com a Zuma no pé da cama, tomar uma xícara do café forte e levá-la para dar um passeio matinal fazia parte da rotina de Sidneia Venâncio, responsável por socializar a labradora, que estava prestes a ser um cão-guia. Sidneia recebeu Zuma com apenas dois meses de vida, e com ela, a linda missão de mostrar o mundo à “sua melhor amiga” que seria, quando formada, a extensão do corpo de uma pessoa com deficiência visual.

Se pudesse definir Zuma em uma palavra, Sidneia usaria ‘Alegria’. As duas viajaram muito. A labradora conheceu tudo o que precisava para aprender a se comportar socialmente, sempre “sorrindo”, se é que isso é possível. Neste período, durante os passeios, como Zuma frequentemente chamava muito a atenção, as pessoas costumavam se aproximar para conhecê-la e acabavam por saber mais sobre o Programa para formação de cães-guia do Instituto Magnus.

Se ‘alegria’ define Zuma, ‘amor’ resume o ato de preparar um cão para amparar quem precisa dele. Você sabia que hoje, no Brasil, existem cerca de 200 cães-guias formados para, aproximadamente, sete milhões de pessoas com algum tipo de deficiência visual? A falta de informação das pessoas é um dos maiores obstáculos para a mudança desse cenário e, inclusive, interfere no dia a dia do cão-guia na sociedade.

Zuma, por exemplo, já foi impedida de entrar em shoppings e restaurantes. Sidneia, como uma boa socializadora, sempre teve na ponta da língua a Lei Federal 11.126, que assegura o direito de o cão-guia adentrar em estabelecimentos públicos e privados, de uso coletivo, incluindo os transportes. Por isso, tanto Sidneia como outras famílias socializadoras cumprem o importante papel de propagadores dos direitos estabelecidos pela legislação.

O processo de formação do cão-guia

Elisa Garcia, responsável pelo desenvolvimento de filhotes em socialização do Instituto Magnus, afirma que o período de socialização é quando ocorre o maior desenvolvimento comportamental e de confiança do cão. Isso porque, para que ele possa se ambientar e se sentir seguro em diversas situações do meio social, necessita contar com o amor, carinho e paciência das famílias que se dedicam a ele.

Já o retorno do cão ao Instituto, onde ele se formará na “faculdade” para ser a mais nova companhia de uma pessoa com deficiência visual, é uma etapa crucial, mas Sidneia lembra exatamente o que sentiu no momento em que deixou Zuma: o coração apertado, mas uma sensação de paz e de dever cumprido, sabendo que fez o melhor que pôde. Agora, também graças ao amor e dedicação que ofereceu, Zuma será uma excelente cão de assistência, uma cão-guia. Perguntas como “Será que ela sente minha falta?” ou “Será que cuidam bem dela?” foram inevitáveis no começo, mas socializar é um dos mais puros atos de amor ao próximo.

A socialização é uma parte linda e fundamental no processo de treinamento do cão-guia, e por isso é necessário que a família tenha uma rotina de vida em que consiga se dedicar ao filhote realizando seus treinos diários, participando das atividades promovidas pelo Instituto Magnus com todas as famílias participantes, além de curtir todos os momentos de carinho com o filhote. É válido destacar também que, no período de socialização, todos os custos com o animal, desde alimentação, medicamentos, acompanhamento veterinário da equipe técnica, são de responsabilidade do Instituto Magnus. 

“Sempre ressaltamos que o nosso trabalho tem como objetivo uma causa muito maior: ajudar pessoas com deficiência visual a retomarem sua rotina, voltarem para sua vida social e ganharem a mobilidade, autonomia e confiança que a falta de visão restringiu. Os futuros cães-guias precisam ser expostos a uma vida em sociedade, o que é fundamental nesta primeira etapa de formação do animal. Para isso, a família socializadora é essencial”, declara Thiago Pereira, gerente geral do Instituto Magnus.

Como faço para me tornar uma família socializadora?

As famílias que desejam conhecer o Instituto podem acessar o site e/ou entrar em contato através do e-mail: contato@institutomagnus.org ou pelo telefone: (15) 3042-1110 ou 99755-7201. As visitas guiadas estão suspensas temporariamente, seguindo as recomendações dos órgãos de saúde diante da situação da epidemia de Covid-19.

Atualmente algumas cidades da região metropolitana de Sorocaba (RMS) fazem parte da área de cobertura de famílias socializadoras. Como é necessário realizar o acompanhamento dos filhotes, o Instituto delimita a região de atuação para as cidades de  Salto de Pirapora, Sorocaba, Vorotantim, Itu e Araçoiaba da Serra.  Os interessados podem tirar todas as dúvidas e se inscrever pelo site do Instituto: www.institutomagnus.org.

Instituto Magnus

Endereço: Estrada vicinal Antônio Militão, 122 – Parque Pirapora, Salto de Pirapora (SP). 

Acesso: Pela Rodovia João Leme dos Santos, km 116, sentido Sorocaba a Salto de Pirapora. 900 metros de estrada de terra à direita após a passarela de pedestres.

Sobre o Instituto Magnus

Localizado em Salto de Pirapora (SP), o Instituto Magnus, gerido pela empresa Adimax Pet, é uma iniciativa sem fins lucrativos especializada no treinamento de futuros cães-guia e que oferece gratuitamente assistência às pessoas com deficiência visual. A sede possui uma área de 15 mil m², canil para 48 cães, maternidade canina, hotel para hospedagem dos usuários durante sua capacitação e amplo espaço para o treinamento desses animais.

CREDITO:Erick Pinheiro

 
 
 

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