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SANGUE NOS OLHOS: O CANGAÇO NOS QUADRINHOS


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A Editora Noir está lançando o livro de Gutemberg Cruz: SANGUE NOS OLHOS: O CANGAÇO NOS QUADRINHOS. Os quadrinhos brasileiros desempenham um papel fundamental na construção da identidade nacional, ao popularizar a história e a cultura, criar heróis e ícones, formar valores e cidadania, desenvolver a indústria cultural e utilizar uma linguagem universal e atemporal. Através de suas narrativas e imagens, os quadrinhos contribuem para a formação do imaginário popular e para a construção de uma identidade brasileira mais forte e diversificada. Ao longo dos anos, têm abordado o cangaço de maneira rica e variada, oferecendo novas perspectivas sobre esse período tão marcante da nossa história. Entre os motivos estão a popularidade: o cangaço sempre fascinou o imaginário popular, com suas histórias de coragem, vingança e justiça. Os quadrinhos, por sua natureza visual e narrativa, são um meio ideal para contar essas histórias de forma emocionante e acessível; democratização do acesso: os quadrinhos permitem que um público mais amplo, incluindo crianças e jovens, entre em contato com a história do cangaço de forma divertida e educativa; liberdade criativa: os quadrinhos oferecem aos autores a liberdade para explorar diferentes aspectos do cangaço, desde a representação histórica até a reinvenção do mito.

Há quase 90 anos, o cangaço é tema de histórias em quadrinhos no Brasil e no exterior. Não se tem uma ideia mais precisa de quantos personagens, séries ou histórias avulsas foram retratados em tiras de jornais e gibis, mas chega certamente a perto de uma centena ou mais. Este livro mapeia 86 deles e tem a pretensão de dar um pontapé no estudo desse tema tão rico e brasileiro, que se tornou símbolo da resistência do quadrinho nacional contra a dominação do mercado brasileiro pelos americanos.

 Os quadrinhos brasileiros desempenham um papel fundamental na construção da identidade nacional, ao popularizar a história e a cultura, criar heróis e ícones, formar valores e cidadania, desenvolver a indústria cultural e utilizar uma linguagem universal e atemporal. Através de suas narrativas e imagens, os quadrinhos contribuem para a formação do imaginário popular e para a construção de uma identidade brasileira mais forte e diversificada. Ao longo dos anos, têm abordado o cangaço de maneira rica e variada, oferecendo novas perspectivas sobre esse período tão marcante da nossa história. Entre os motivos estão a popularidade: O cangaço sempre fascinou o imaginário popular, com suas histórias de coragem, vingança e justiça. Os quadrinhos, por sua natureza visual e narrativa, são um meio ideal para contar essas histórias de forma emocionante e acessível; democratização do acesso: os quadrinhos permitem que um público mais amplo, incluindo crianças e jovens, entre em contato com a história do cangaço de forma divertida e educativa; liberdade criativa: os quadrinhos oferecem aos autores a liberdade para explorar diferentes aspectos do cangaço, desde a representação histórica até a reinvenção do mito. Eis alguns personagens que foram quadrinizados com sucesso:

A busca de um personagem tipicamente brasileiro como Lampião, o maior representante do Cangaço é também a busca de uma identidade nacional para a produção de quadrinhos em oposição aos modelos e estereótipos legados pela cultura norte-americana com a difusão de seus super-homens, Batmans e Capitães América.

Em 1938 Euclides Santos produziu para o Jornal Noite Ilustrada a HQ “Vida de Lampião”, considerado uma das primeiras produções de quadrinhos sobre o cangaço. “Raimundo, o cangaceiro” foi criado em 1953 por José Lanzelloti, seu desenho e diagramação aponta uma influência de quadrinhos norte-americanos. Em 1954 André Le Blanc adapta para os quadrinhos o livro de José Lins do Rego em seu trabalho “Cangaceiros”.

No ano de 1970 o cartunista Henfil produziu Zeferino e Graúna, Capitão Zeferino é um cangaceiro nordestino e Graúna uma ave da caatinga, Henfil foi um militante engajado na política enfrentando a ditadura e lutando em prol de eleições diretas.

Já em 1976 Jô Oliveira produz “Os quatro cavaleiros do apocalipse”, este ilustrador pernambucano que em 2001 produziu “A guerra do Reino Divino” explorando novamente o imaginário nordestino e o cangaço demonstra uma liberdade gráfica ao utilizar como referência o desenho das artes populares nordestinas. Em seu trabalho consegue fugir dos estereótipos dos comics apontando caminhos para um trabalho de características da cultura nacional.

Em 1988 Emanoel Amaral e Aucides Sales criam “O ataque de Lampião a Mossoró” e em 1994 com roteiro de Ataíde Braz e desenho de Flávio Colin é publicada “Mulher-Diaba no rastro de Lampião”, nesta história em quadrinhos uma mulher que foi atacada por cangaceiros de Lampião faz pacto com o demônio para ficar com o corpo fechado e vingar o que lhe foi feito. E em 1997 Rubem Wanderley Filho produz “Lampião em quadrinhos”, lançado com apoio da Lei de Incentivo a Cultura, este trabalho é também um trabalho de pesquisa, é possível reconhecer em suas páginas o Rio São Francisco, a cidade Lapinha das Piranhas, seu desenho é uma mistura do quadrinho europeu com a xilogravura nordestina.


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