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EU SAÍ DO FUNDO DO MAR

Atualizado: 25 de jul.







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Eu adormeci minha ALMA por longo tempo no fundo do mar.

Lá era calmo, tranquilo, sem interferências...

Sem sofrimento...

Eu adormeci o AMOR debaixo d'água

Debaixo d'água por encanto, sem sorriso e sem pranto

Sem lamento e sem saber o quanto

Esse momento poderia durar

Enfim, deixei a vida passar...

Hoje, o peixinho que quase se afogou.

Volta à superfície

Eu saí do fundo do mar.



Debaixo d'água tudo era mais bonito


Mais azul mais colorido


Só faltava respirar


Mas tinha que respirar


Debaixo d'água se formando como um feto


Sereno, confortável, amado, completo


Sem chão, sem teto, sem contato com o ar


Mas tinha que respirar

Todo dia


Todo dia, todo dia


Todo dia


Todo dia, todo dia

Debaixo d'água por encanto, sem sorriso e sem pranto


Sem lamento e sem saber o quanto


Esse momento poderia durar


Mas tinha que respirar


Debaixo d'água ficaria para sempre


Ficaria contente, longe de toda gente


Para sempre no fundo do mar


Mas tinha que respirar

Todo dia


Todo dia, todo dia


Todo dia


Todo dia, todo dia


Debaixo d'água protegido, salvo, fora de perigo


Aliviado, sem perdão e sem pecado


Sem fome, sem frio, sem medo, sem vontade de voltar


Mas tinha que respirar

Debaixo d'água tudo era mais bonito


Mais azul, mais colorido


Só faltava respirar


Mas tinha que respirar

Todo dia


Agora que agora é nunca, agora posso recuar


Agora sinto minha tumba

Agora o peito a retumbar


Agora a última resposta


Agora quartos de hospitais

Agora abrem uma porta


Agora não se chora mais


Agora a chuva evapora

Agora ainda não choveu


Agora tenho mais memória


Agora tenho o que foi meu


Agora passa a paisagem

Agora não me despedi


Agora compro uma passagem


Agora ainda estou aqui


Agora sinto muita sede

Agora já é madrugada


Agora diante da parede


Agora falta uma palavra


Agora o vento no cabelo

Agora toda minha roupa


Agora volta pro novelo


Agora a língua em minha boca


Agora meu avô já vive

Agora meu filho nasceu


Agora o filho que não tive


Agora a criança sou eu


Agora sinto um gosto doce

Agora vejo a cor azul


Agora a mão de quem me trouxe


Agora é só meu corpo nu


Agora eu nasco lá de fora

Agora minha mãe é o ar


Agora eu vivo na barriga


Agora eu brigo pra voltar

Agora


Agora


Agora


Compositores: Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho

 
 
 

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