maricotinha iluminada
- acg747top

- 19 de nov.
- 2 min de leitura
Atualizado: 20 de nov.

Somente quem é fã de Maria Bethânia sabe o que estou falando. Apreciar neste domingo (16 de novembro) o espetáculo que marca os 60 anos de carreira de Maricotinha é igual a beber um vinho de safra rara. Quanto mais o tempo passa, mais a Abelha Rainha melhora.
Como é bom revê-la nos palcos baianos, pois o último show que vi foi em Belo Horizonte. Maricotinha esteve iluminada durante quase uma hora e meia de espetáculo.
A santamarense extrapolou todas as minhas expectativas. Ela cantou, dançou, conversou com a plateia da Concha Acústica completamente lotada.
Tudo começou recebendo o luxuoso folder de apresentação logo na entrada, antes mesmo de apresentar o ingresso. Cheguei 40 minutos antes do início do show, culpa de uma blitz na Cidade Baixa, e a Concha já estava praticamente lotada.
Sete minutos do horário anunciado, Bethania entra no palco toda de branco ao som de Rainha dos Raios. O repertório tinha mais de 40 músicas. Ela iniciou cantando Sete Mil Vezes do seu mano Caetano.
E, como diz a canção: sete mil vezes eu tornaria a viver e a ver Maria Bethânia no palco. Sempre contigo. Sempre cantando a música doce. Sete mil vidas, sete milhões e um pouco mais. É o que deseja esta noite. Que show, meus senhores!
Depois ela revisitou antigos sucessos como Cheiro de Amor, Gota de Sangue, Fé Cega, Faca Amolada, O Lado Quente do Ser, Olha e é claro Rosa dos Ventos. Homenageou as artistas femininas, entre elas: Angela Rô Rô, Maysa, Nana Caymmi e Rita Lee. As músicas foram intercaladas com textos de Davi Kopenawa, Bruce Albert, Clarice Lispector, Helbert Helder, Eucanaã Ferraz e Dora Fischer Smith.
Enfim, ouvir Maria Bethania é mais do que um espetáculo, é viver, é cantar, é sonhar... Cada show é diferente. É arte pura. E como diz Caetano: cantar é mais do que lembrar. É mais do que ter tido aquilo então. Mais do que viver, do que sonha. É ter o coração daquilo...
19 de novembro de 2025
Ana Celia Guedes



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